KulturRevolution

Rico Lins colabora com a revista acadêmica KulturRevolution desde sua fundação, em 1982. Dedicada à teoria do discurso, criada e editada por professores da Universidade de Bochum, na Alemanha, ela se caracteriza não só pela versatilidade temática como também pela liberdade (de expressão) gráfica e o consequente experimentalismo de suas capas — inicialmente desenvolvidas analogicamente e impressas em offset três cores por uma gráfica na Alemanha.

A escolha pelo processo analógico requeria grande dose de experimentação gráfica, valendo-se da superposição e encaixe de três layers, e as especificações correspondentes à impressão de cada cor. O sucesso do resultado final dependia não só de uma tentativa de previsão da somatória das cores por parte do designer, como da compreensão de todas as indicações técnicas por parte da gráfica. E essa orquestração conta sempre com a possibilidade do inesperado.

Cliente


Klartext-Verlag Bochum Hattingen

Criado em


Paris, São Paulo, London, New York, 1982-2019

Categoria


Capa + Identidade

Lançada em dezembro de 2020, a edição nº 79 da revista KulturRevolution traz a questão “Além do Corona: que Novo Normal?” na capa e reflexões sobre os parâmetros de normalidade devido à pandemia de Covid-19.

Deutsche Kopflanger

O título da edição nº 77 da revista remete a uma expressão satírica criada por Bertolt Brecht para se referir aos intelectuais que vendem sua sabedoria aos interesses do capitalismo. A lendária figura de Saint Denis, mártir católico que, apesar de decapitado caminhou muitos quilômetros até o local onde queria ser enterrado, serviu de tema à capa que segue a configuração da bandeira da União Europeia como uma auréola em torno da cabeça do personagem.

Capa para a edição 76 da revista, que tem como tema os fluxos migratórios e o controverso acordo intergovernamental promovido pela ONU, que visa enfrentar os atuais desafios associados à migração, reforçando a cooperação entre as nações signatárias para o desenvolvimento sustentável regional.

A capa do número 74 da publicação propõe pensar a questão de Fronteiras, sejam elas culturais, identitárias ou ideológicas.

A capa para a edição 72 da revista KulturRevolution “Populismo: Direita, Esquerda, Centro?” tem como tema a atual ascensão mundial do populismo, tendo como referencias teóricas o cientista político Ernesto Laclau e Antonio Gramsci, retratados no interior da revista com a marca do partido político espanhol Podemos.

“Antagonismo” é o tema central desta edição. Nas cores da bandeira síria, a capa revela o negativo de uma foto do êxodo de refugiados.

Para celebrar o permanente diálogo desta revista com temas da atualidade, a capa comemorativa de seus 20 anos integra a imagem de um tradicional pente preto sobre os revoltos cabelos coloridos da juventude alemã, que se enroscam no nome da publicação.

A matéria de capa “Coca-cola” questiona a existência de um coletivo simbólico no século 21, representada na capa pela foto de Edson Meirelles, de um carrinho de refrigerante.

“O Discurso Faz a Hegemonia”, baseada numa imagem do construtivista russo Alexander Rodchenko, a figura híbrida mistura a careca de Michel Foucault, a barba de Marx, a estrela de Mao Tsé-Tung e o bottom com Trótski para questionar se o discurso faz, realmente, a hegemonia da esquerda.

“Esquerda/Direita” discute a alternância de poder e a ascensão da social-democracia na Alemanha pré-queda do Muro de Berlim pela superposição do passo de tango “volta à esquerda” nas cores da bandeira alemã.

O tema dessa edição é uma reflexão acerca do quão simplista e distorcido se torna o discurso da sustentabilidade quando baseado exclusivamente em questões ecológicas.

Uma série de interpretações romantizadas sobre o Nazismo surgiram no cinema, literatura e cultura de massas alemães, e este boneco Ken executando um passo nazista se tornou o protótipo reencarnado do homem branco ariano.

Uma multitude de métodos de aprendizagem rápidos disseminou a ideia de aquisição de conhecimentos veloz (e superficial).